quinta-feira, novembro 16, 2006

:: ESC 9 - LETRA B


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL
ESCOLA, CULTURA E SOCIEDADE
PROFESSORA: VERA CORAZZA
ATIVIDADE: ESC 9
FIGURA: LETRA B

MARX, Karl; ENGELS,Friedrich.Textos sobre educação e ensino.São Paulo:Moraes,1983
Capítulo: Educação, Formação e Trabalho - Páginas 27 a 44
GRUPO:
ANA LÚCIA VELEDA ALVES

ANA PAULA PEREIRA CARDOSO
ELIANE BATISTA PORTO
LUCIANA BETAT BITENCOURT
LUCIANA DA SILVA DIAS
LUCIENE BORBA SOBOTYK
TATIANA ROSMARY GOMES
MAGALI BREWDA D'AVILA
MARIA TATIANA FIGUEIRA TAVARES

TEXTO: Educação, formação e trabalho


Muitas opiniões de Marx e Engels surgiram como uma crítica ao capitalismo.
A 1ª metade do século XIX se caracteriza pelo estabelecimento e a traumática consolidação de um modo de produção, o capitalismo e uma formação social burguesa.
A falta de atenção às necessidades sociais no campo da educação e ensino, unida às dramáticas condições de trabalho da população operária, coloca o ensino em 1º plano.
Todos os socialistas utópicos, todos os anarquistas chamaram a atenção sobre estes aspectos e, ainda mais, confiaram no ensino e na instrução como instrumentos de transformação. A emancipação dos indivíduos, sua libertação das condições opressoras só poderia se dar quando tal emancipação alcançasse todos os níveis e entre eles, o da consciência. Somente a educação, a ciência e a extensão do conhecimento e o desenvolvimento da razão, pode conseguir tal objetivo.
A divisão do trabalho consubstancial ao processo de implantação do modo de produção capitalista, é o eixo sobre o qual se articulam as colocações de Marx e Engels, em torno do tema educação e do ensino. Estabelece uma divisão, igualmente radical, entre os tipos de atividade e os tipos de aprendizagem, prolongando-se em uma divisão social e técnica que interfere no desenvolvimento do indivíduo.
A educação e formação dos indivíduos limitam o conhecimento e reprime o desenvolvimento de suas faculdades criadoras.
Dois aspectos são importantes para Marx e Engels: a emancipação social e emancipação humana.

O capitalismo exigiu uma crescente capacidade intelectual de todos os indivíduos, estendendo o sistema escolar, institucionalizando-o e o aprofundando. Os índices de analfabetismo se reduzem drasticamente na medida em que as sociedades agrárias se transformam em industriais.
As propostas de Marx e Engels se movem num horizonte bem concreto: criticar a atual instituição escolar e mudá-la.
A teoria materialista da mudança das circunstâncias e da educação esquece que as circunstâncias fazem mudar os homens e que o educador necessita ser educado. A mudança pode ser entendida como prática revolucionária.
O conteúdo não deve desenvolver apenas uma habilidade, mas abranger uma larga escala de atividades diversas e de relações práticas com o mundo.
O homem na sua imediata realidade, na sociedade civil, é um ser profano. Já no Estado ao contrário, onde o homem é considerado como um ser genérico, ele é membro imaginário de uma imaginária soberania, encontra-se separado de sua vida individual, real e dotado de uma generalidade irreal.
''Pensar e ser ,estão pois ,diferenciados e, ao mesmo tempo, em unidade um com o outro.''
A propriedade privada é somente a expressão sensível do fato de que o homem se torna objeto para si e ao mesmo tempo, isto é a apropriação sensível por e pelo homem da essência da vida humana, das obras humanas, na intentenção de posse, do ter.
A propriedade privada nos tornou tão estúpidos e unilaterais que um objeto somente é nosso quando o temos, quando existe para nós enquanto capital.

O autor K.Marx nos traz a idéia de que o homem precisa libertar-seda importância dada aos seus bens materiais, devemos olhar o objeto socialmentee compreender que sua utilidade deve dirigir-se principalmente para o humano.Devemos agir eticamente, portanto nossa teoria deve relacionar-se com nossaprática cotidiana. O homem tem a necessidade de aprimorar-se socialmentee para isso necessita utilizar-se de todos os seus sentidos. Os sentidosse criam e se cultivam a fim de garantir ao homem o gozo absoluto de suahumanidade. Não se deve considerar somente os cinco sentidos humanos, poistambém temos os chamados sentidos espirituais, os sentidos práticos tudose resumindo no sentido humano. Para Marx a sociedade produz todos os bensmateriais para dotar o homem de plena riqueza, riqueza essa material e espiritual e que só é adquirida através do ter.
A sociedade quando vista como um único indivíduo abraça todas as funções particulares da atividade. Cada indivíduo deveria dedicar-se a mais de uma função sendo uma consequência da outra. Os diversos ramos autônomos do trabalho são necessários ,por isso o termo Tempo de trabalho necessário. O símbolo do tempo de trabalho geral é o dinheiro que é o método de troca. A tendência universal do capital se distingue de todas as formas de produção anteriores:esta tendência está em franca contradição com sua forma limitada de produção que a impulsiona a dissolver-se. Todas as formas de sociedade sucumbiram ao desenvolvimento da riqueza. Entre os antigos a riqueza se denunciava formalmente porque provocava a ruína da comunidade. O feudalismo também sucumbiu com a indústria urbana, o comércio, a agricultura moderna. Para que as condições econômicas se dissolvam basta um desenvolvimento das forças produtivas. O desenvolvimento da ciência teria bastado para dissolver esta comunidade. Na fase de desenvolvimento evoca floração: a planta floresce sobre esta base, murcha por haver florido e depois de haver florido. O mais alto grau de desenvolvimento da base é, portanto, o ponto onde atingiu um maiopr grau de elaboração, onde concilia com a maior evolução das forças produtivas. O ponto alcançado, evolução posterior decadente e o desenvolvimento novo terá lugar sobre uma nova base. O capital supõe a produção da riqueza, isto é , desenvolvimento universal das forças produtivas e a transformação de sua própria base como condição de sua reprodução. A limitação do capital está no fato de que todo o seu desenvolvimento se efetua de maneira antagônica e a elaboração das forças produtivas, a riqueza universal, a ciência, etc, aparecem como alienação do trabalhador que se comporta frente as condiçoes produzidas por ele mesmo, frente a uma riqueza alheia causadora de sua pobreza. A universalidade do indivíduo não se realiza já no pensamento nem na imaginação, está viva em suas relações teóricas e práticas. Tudo isso porém, exige o pleno desenvolvimento das forças produtivas como condição da produção.
O capital cria a base do desenvolvimento universal das forças produtivas e da riqueza (mercado mundial). O desenvolvimento real dos indivíduos a partir da base lhe proporciona a consciência de nenhum limite pode ser considerado como sagrado. A universalidade está viva nas relações teóricas e práticas. O capital forma-se através do trabalho livre, se ergue facilmente enquanto unidade e representa a frente de trabalho, a concentração dos operários. Aqui a concentração de um grande número de forças vivas de trabalho com vistas a um mesmo fim, tornando a força de trabalho autônoma, independente dos trabalhadores. Para Adam Smith, o repouso é o estado correspondente à liberdade e a felicidade. A quantidade de trabalho está determinada pelas condições exteriores; havendo dois tipos de trabalho. O trabalho histórico (escravidão), trabalho repugnante, pois é trabalho forçado, imposto pelo exterior; e o não-trabalho que é a liberdade e felicidade, sendo trabalho atrativo trazendo ao homem sua realização.
O
destaque se dá pela antagonia do trabalho: o prazer e o sofrimento ao realizá-lo. Todo o trabalho é fruto de um "adestramento" do ser para garantir determinada produção. Esta produção por sua vez está diretamente ligada ao desenvolvimento econômico, ao aumento de capital. Considera-se o capital como senhor dos operários,por ele estar preso à uma determinada produção que deverá avolumar um determinado capital, sem, no entanto possibilitar a ele,operário,o uso do capital e o fruto de sua produção.

1) Que tipo de formação damos aos alunos com o currículo desenvolvido nas escolas?

2) Qual o papel da escola em relação a desenvolver o censo de justiça, igualdade social na sociedade em que vivemos?

3) No sentido prático da vida do homem o texto de K.Marx está sendo aplicado?

4) O autor refere-se ao trabalho como "um sofrimento" e cita o trabalho operário. Podemos abranger em sua definição todos os tipos de trabalhos?





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