segunda-feira, janeiro 15, 2007

:: Querid@s alun@s, tutor@s e colegas!


Concluímos as atividades da interdisciplina Escola, Cultura e Sociedade. Em breve os conceitos estarão disponíveis no pbwiki de Alvorada. Aproveitem as férias e o merecido descanso, renovem as energias, pois a caminhada no PEAD continua com novos desafios e pesquisa.

Não há ensino sem pesquisa e pesquisa sem ensino. Esses fazeres se encontram um no corpo do outro do outro. Enquanto ensino, continuo buscando, reprocurando. Ensino porque busco, porque me indaguei e me indago. Pesquiso para constatar, constatando intervenho, intervindo me educo. Pesquiso para conhecer o que ainda não conheço e comunicar ou anunciar a novidade. (Paulo Freire, 1997)

Parabéns a tod@s! Um grande abraço,

Vera Corazza



sexta-feira, janeiro 12, 2007

:: Relato final da ECS 11



Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental ? EAD

Disciplina: Escola, Cultura e Sociedade ? uma abordagem sociocultural e antropológica.

Professora: Vera Corazza

Nome do aluno: Aline Bittencourt da Silva

ECS 11

Relato final

Debatendo no fórum e lendo os relatos dos colegas, percebo que nós temos basicamente a mesma opinião.

É preciso ser agente transformador nas escolas em que trabalhamos.

A classe ou condição social, não revela o potencial do aluno, cabe ao professor estimular e ver no aluno um futuro onde ele possa transformar suas dificuldades em oportunidades.

Desafios e dificuldades todos os professores enfrentam, tanto na escola pública quanto na particular, pois trabalhamos com gente, e cada gente é diferente.

É certo que existe descaso com a educação, mas do que adianta reclamar sempre da mesma coisa, e não agir.

Penso que temos alguns poderes para mudar nossa realidade, usar por exemplo a criatividade, para criar soluções. Tornar o educando crítico para escolher governantes capazes e que lutam pelos interesses de todos e não só dos dominantes. Não deixar o educando conformado com seu modo de vida, e nem levá-lo a pensar que é infeliz por ser pobre. O capital não define felicidade.

Vamos ler, reler, e ler de novo a Pedagogia de Autonomia, para estarmos mais preparados para ser professores libertadores.




terça-feira, janeiro 09, 2007

:: Relato ECS11


UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
FACULDADE DE EDUCAÇÃO
CURSO DE LICENCIATURA EM PEDAGOGIA A DISTÂNCIA
Disciplina Escola, Cultura e Sociedade
Primeiro Semestre
Mário Augusto
Bem esse é meu relato na participação da atividade ECS11, foi muito legal. Apesar de ter ocorrido na recuperação. Pela primeira vez consegui fazer uma participação sem pressa, pois estou de férias da escola, então tenho todo o tempo. Pude ler as contribuições de todos os colegas do grupo. Fiz minha contribuição tranquilimente no Fórum- ROODA-, fiz a postagem no meu blog individual e agora estou aqui finalizando esta etapa.
Pude perceber que todos lemos o mesmo texto e que, concordamos com o que ele coloca também identificando as desigualdes estrutrais educativas no Brasil. Muitos de nós estudou em escolas públicas e privadas e agora temos colegas que trabalham em diferentes escolas, tanto públicas quanto privadas. O texto nos auxilia na reflexão do porquê da educação no Brasil está do modo como está.
Penso que desta vez pude colaborar mais com o grupo e espero que nas próximas atividades eu tenha mais tempo.


:: A EDUCAÇÃO NO BRASIL



UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL


ALUNA: Elisângela Rodrigues Garcia

PROFESSORA: Vera Corazza

DISCIPLINA: ECS

ATIVIDADE: Recuperação da ECS 11



A EDUCAÇÃO NO BRASIL

Apesar dos avanços quantitativos na educação nas últimas décadas, muito pouco tivemos como avanço em relação à qualidade de ensino.
A rede pública está sucate ada e os educadores, sentem-se desamparados tendo que ministrar suas aulas basicamente com o quadro, giz e sua criatividade.
A situação histórica educacional apresenta uma criança popular urbana, que vive em condições precárias, nas favelas ou nos bairros pobres da periferia, como em tantas outras regiões do Brasil, é essencialmente diferente da criança afortunada que vive nas áreas ricas. O pequeno favelado, comendo pouco e mal, cresce raquítico. Ás vezes é até prejudicado por malformação, se a fome ocorre muito cedo ou se demasiada. Sua fala também é peculiar e atravessada, aos ouvidos da professora. Toda a sua inteligência está voltada para a luta pela sobrevivência autônoma, em esforço nos quais alcança uma eficácia incomparável. A criança afortunada se desenvolve bem fisicamente, fala a língua da escola, é ágil no uso do lápis e na interpretação de símbolos gráficos e chega à escola altamente estimulada pelos pais, através de toda espécie de prêmios e gratificações, para aprender rapidamente. Uma e outra têm incapacidades específicas: o favelado, para competir: o afortunado, para viver solto nas ruas das cidades.
Alguns educadores alienados, envoltos nas névoas da sua pedagogia pervertida, estão dispostos a firmar que o fracasso escolar da criança pobre se deve a deficiências que ela traz de casa. A escola não teria nada a ver com isso. Os professores enfrentariam, neste caso, uma situação carencial insuportável, em conseqüência da qual a maioria da população brasileira seria ineducável.
É preciso, portanto, examinar os problemas da educação do ponto de vista não de uma estatística social, que não existe senão por abstração, mas de uma sociedade em movimento. ?É deste ponto de vista sociológico que se vê a posição atual do problema dos fins da educação, ele que nos fez encarar a educação como uma adaptação ao meio social?. (Nazare)

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

:: ECS 11


Universidade Federal do Rio Grande do Sul

Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental ? EAD

Disciplina: Escola, Cultura e Sociedade ? uma abordagem sociocultural e antropológica.

Professora: Vera Corazza

Nome do aluno: Aline Bittencourt da Silva

ECS 11

O texto lido: Desigualdades Educativas Estruturais no Brasil: Entre estado, privatizações e descentralização, foi uma leitura enriquecedora.Trata do ensino no Brasil e a falta de políticas públicas.

O ensino no nosso país está dividido entre o público e o privado.

O ensino público estadual é falido, sem qualidade, composto por escolas sucateadas, professores mal pagos, alunos que evadem.

Na rede privada as escolas trabalham e caminham para transformar-se em empresas, instalações amplas com atividades diversas e muita segurança, os alunos são clientes e os professores além de educadores devem ser gestores, prezando pela instituição, mantendo-se atualizados e em constante formação, o que também é proporcionado pela instituição a qual o professor serve.Voltadas ao capitalismo, a escola privada luta através do marketing para sobreviver a concorrência, e tenta trabalhar com vestígios de educação deixados pelos fundadores, principalmente nos grandes centros.

Sobretudo é preciso admitir que a escola privada, zela pela qualidade e procura cumprir fielmente a proposta de investimento educacional oferecida aos pais.

O ensino superior público federal é o de melhor qualidade no Brasil, mas é apenas uma utopia para a maioria da população, que são os pobres. Quem acaba cursando, esta faculdade na maioria das vezes, são alunos da escola privada que conseguem passar no vestibular, e que durante o curso não precisam trabalhar para se manter, pois ainda hoje muitos cursos destas universidades são oferecidos durante o dia ou até em dois turnos.

Esses mesmos pobres ou classe média, que pretendem cursar o ensino superior, procuram desesperadamente um emprego para assim pagar uma universidade privada, que na maioria das vezes existe para não ser concluída ou então ser concluída com muitas dificuldades, pelo estudante que trabalha dois turnos para pagar os estudos de um turno noturno, já tomado pelo cansaço do trabalho diário.

Podemos verificar então que a lei não é cumprida, pois não temos o direito ao ensino superior de boa qualidade se não formos privilegiados com uma educação básica, fundamental e média de boa qualidade também.

O problema da educação não pode ser resolvido individualmente, é uma questão maior, trata-se da desigualdade social gerada pela falta de distribuição de renda.

As regiões sul e sudeste do país, mesmo com todas estas dificuldades, mostram uma realidade melhor do que as demais regiões brasileiras.

Enquanto no Norte e no Nordeste, existem poucos professores capacitados para o trabalho pedagógico, aqui no RS disputamos vagas em escolas privadas e precisamos além de formação uma excelente prática e experiência comprovada.

Todo esse caos na educação gerou um grande e novo mercado comercial, o de faculdades, surgem muitas a cada dia, e nem todas estão preocupadas com a qualidade, mas sim em fornecer um diploma em menos tempo e por um preço que possa cobrir a concorrência.

As famílias de mais posses, por sua vez buscam escolas privadas que aprovem no vestibular, esquecendo que a educação é um processo, do qual resultados fazem parte e não existem por si só.

Falando em família, este é outro problema da sociedade, juntamente com a desigualdade. As famílias, não importando a classe social, estão em sua maioria desestruturadas e passando adiante, para a escola, as suas responsabilidades primordiais.

Para melhorar a educação é preciso reformular a sociedade e a mentalidade da sociedade, de modo geral. Podemos observar que ainda não existe receita para isto, devemos apenas fazer a nossa parte.

Mas, na educação em especial, penso que é urgente investir no professor, pois este em qualquer uma das instituições, está cada vez mais desgastado pela pressão e cobrança existente em sua profissão. Este professor trabalha diariamente com os membros desajustados desta sociedade, precisa se preocupar em fazer seu papel, ser gestor, psicólogo, educador e no nosso estado ganhando um salário miserável, no meu caso, fora dos padrões mostrados no texto.

Será que sou masoquista?

Não sei, mas ainda assim é maravilhoso trabalhar como educadora.




quinta-feira, janeiro 04, 2007

:: Recuperação da ECS11


Este é o novo Grupo para a recuperação da ECS11:
Aline Bittencourt da Silva
Andreia Rodrigues de Ávila
Camila Lima Thomaz Silva
Carla Adriani Drago Dinnebier
Carla Cristine Finato
Elisangela Rodrigues Garcia
Elise Fernanda da Silva Mello
Ligia Maria Bastos Steilein
Lisiane Biscaino Guedes
Sueli Fonseca dos Santos

Atividade:

1. Participar da discussão no fórum do Rooda.
2 Postar o texto final no blog colaborativo.
3. Postar link no seu blog individual.
4. Prazo para entrega: 12/01/2007



quarta-feira, janeiro 03, 2007

:: Alvorada 40º! Nesse calor estavamos refletindo o aprendizado do semestre, apresentado e defendendo o nosso memorial.





terça-feira, janeiro 02, 2007

:: ECS - Atividade 11


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Escola, Cultura e Sociedade

Aluna: Carla Adriani Drago Dinnebier Pólo: Alvorada
Atividade nº ECS-11 (final)



O texto de A. J. Akkari é bastante esclarecedor no que diz respeito à educação em nosso país, considerada como um produto social desigualmente distribuído, que reflete as próprias distorções tão comuns à sociedade brasileira. Tal realidade se confirmou através de minha visita aos sites sugeridos. Se, em teoria, as autoridades costumam pregar o caráter igualitário e transformador do ensino, na prática é válido constatar uma situação paradoxal: o sistema educacional brasileiro por vezes legitima as estruturas de poder e reforçaos mecanismos de exclusão sócio-econômica que atingem as camadas menos favorecidas da população. Tudo isso a despeito dos esforços de muitos educadores, que se empenham ao máximo para mudar esta situação, apesar de um cotidiano marcado por diversos problemas e pelo escasso reconhecimento de sua atividade.

Naturalmente, houve alguns avanços nos últimos quarenta anos no que diz respeito à redução das taxas de analfabetismo e à evolução dos níveis de escolarização. Como conseqüência, houve um aumento, ainda que tímido, do número de concluintes nos ensinos médio e superior isto se considerarmos apenas os fatores quantitativos. Tais evoluções, acompanhadas pelo Movimento de Educação Popular concebido por Paulo Freire e pela promulgação da Lei de Diretrizes e Bases de 1962, têm como contraste uma série de medidas e decisões nas esferas governamentais que primaram pelo retrocesso.

A partir de 1964, com o advento de uma ditadura civil-militar em nosso país, deu-se prioridade a um tipo de educação baseada nos conceitos capitalistas de produtividade, racionalidade e eficiência, concebendo as escolas como se fossem empresas privadas e retirando dos alunos qualquer tipo de consciência crítica, afinal em um regime autoritário não havia lugar para o questionamento. A inserção, nas grades curriculares, de disciplinas como Educação Moral e Cívica e Organização Social e Política Brasileira (OSPB) visavam a legitimação ideológica do regime junto aos estudantes brasileiros. Com o esgotamento das forças que mantinham este regime e a posterior abertura democrática iniciada em meados da década de 1980, houve uma preocupação no sentido de se democratizar o ensino e aumentar as perspectivas de ingresso às crianças que pertencem a comunidades carentes. Os problemas verificados no período autoritário, contudo, ainda não foram definitivamente superados, e têm como uma de suas principais conseqüências as diversas fraquezas características da educação pública.

Um dos aspectos mais interessantes do texto relata as contradições entre o ensino público e privado no Brasil. Fica evidente que, nos níveis fundamental e médio, a grande maioria dos estudantes freqüenta a rede pública, enquanto os filhos das classes dominantes estudam na rede privada de ensino. Obviamente, existem particularidades inerentes a cada região e graves problemas estruturais como no Nordeste, em que os professores muitas vezes não têm formação pedagógica. Não por acaso, trata-se da região mais pobre da América Latina.

Outro fator de disparidade diz respeito ao salário dos educadores, muito superior nas escolas privadas, se bem que nestas geralmente não há indicativo de estabilidade, uma vez que os profissionais da rede pública geralmente são admitidos por concurso. Quanto às despesas por aluno, Akkari nos indica uma situação digna de nota: os pais de alunos matriculados na rede privada de ensino pagam, por mês, uma quantia muito superior aos gastos anuais dos governos em cada aluno da rede pública. Já em uma instituição como a Febem (atual Fase), o Estado gasta, por cada menor internado, uma quantia muito superior ao que égasto por aluno das escolas públicas ou seja, investe-se mais na repressão do que na educação.

Temos, em suma, um quadro contraditório em nossos dias, caracterizado pelo desmonte neoliberal iniciado com Fernando Collor e que prosseguiu nos governos de Fernando Henrique Cardoso e, infelizmente, de Luiz Inácio da Silva. As principais autoridades na área educacional permanecem reproduzindo discursos inclusivos sem que haja uma correspondente e efetiva preocupação com o tema. O atual governo federal, apesar de suas políticas assistencialistas, não esconde o favorecimento aos grandes grupos financeiros, a organismos como o Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional, além do capital especulativo. Por conseqüência, temos as velhas deficiências da educação básica e o sucateamento das universidades públicas, resultantes de uma política de asfixia progressiva que pode conduzir à sua efetiva privatização. Não há interesse na inclusão de mais jovens nos sistemas de ensino, jáque o que importa é agradar ao deus-mercado. As estatísticas são reflexo dessa realidade: o Brasil tem um dos menores Índices de Desenvolvimento Humano de sua região, e apenas 7% da população possui curso superior.

Com base nestes pressupostos, concluo que o texto de Akkari, ainda que tenha sido escrito no período em que Fernando Henrique ocupava a Presidência da República, mostra uma radiografia bastante atual e preocupante da educação no Brasil. Ressalto que nossa tarefa, como educadores, é lutar contra esse estado de coisas, para que uma parcela cada vez maior da população tenha acesso a um ensino de qualidade. Isso não é nenhum favor éum direito garantido pela Constituição e que o poder público, em suas diferentes esferas, deve suprir.  


:: ECS 11



Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino Fundamental- PEAD Alvorada
Escola, Cultura e Sociedade- Abordagem sociocultural e antropológica
Professora Vera Corraza
ECS 11- Grupo D
Componentes: Cristiane Soares, Cristina Coelho, Cristina Noschang, Daniela Albrecht, Maria Inês Dalpiás, Maria Lúcia, Mário Augusto




A partir da leitura do texto "Desigualdades educativas estruturais no Brasil', do autor A.J. Akkari, e das visitas aos sítios governamentais, reflexões surgiram. Dessas, far-se-ão colocações e dúvidas para refletir e questionar.

Assim como em outros países, no Brasil, a escola também é um produto social desigualmente distribuído. A idéia de homogeneidade e igualitária que o discurso republicano faz, já não cabe na realidade atual. A heterogeneidade existente reproduz as desigualdades sociais na escola.

O direito de todos a educação igual já não é mais visível nos dias atuais, devido a fatores econômicos, sociais e políticos. É no mínimo estranho que o ensino só se torne "público" e "gratuito" quando todos os alunos desfavorecidos foram eliminados. O Ministério Federal da Educação gasta 60% de seus recursos para as universidades, ao passo que 20% dos professores do ensino fundamental vivem com menos de dois salários mínimos (Tarumann, 1999).

Pode-se destacar quatro períodos principais na história da escola pública no Brasil:

*1934-1962: Promulgada, em 1962, pelo Congresso Brasileiro, uma legislação completa sobre a educação, a Lei de Diretrizes e Bases. Apesar de reforçar a escola pública no plano legislativo, essa lei não constitui um avanço sensível na construção do sistema público de educação. As comunidades desfavorecidas e as populações rurais permaneceram afastadas da escolarização maciça.

* 1962- 1964: Surgimento do movimento de educação popular que se desenvolveu graças ao trabalho pioneiro do movimento de educação básica (MEB) e à atuação do pedagogo Paulo Freire. O debate deslocou-se, na época, do campo escolar para o da alfabetização de adultos e da educação popular num contexto político marcado por múltiplas lutas sociais.

* 1964: Início em 1964, com advento do regime militar, que interrompeu brutalmente as expectativas suscitadas no país pelas campanhas de alfabetização popular. Esse regime tentou implantar uma política educativa tecnicista, centrada nos conceitos de racionalidade, eficiência e produtividade. Foi combatida pela maioria dos educadores brasileiros, que não hesitaram em recusar o caráter autoritário do regime e de sua proposta pedagógica.

* 1980: Início dessa secada, com o retorno progressivo à democracia. O debate girou em torno da democratização do ensino e da permanência das crianças desfavorecidas na escola. Várias medidas legislativas em prol da escola pública foram votadas, como a Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, em 1996.

Essa visão rápida pela parte histórica da constituição do sistema educativo brasileiro revela os principais debates ideológicos contemporâneos no país. O ensino particular constitui-se progressivamente como a única opção para os filhos da elite social. Apesar de uma legislação e de um discurso político sempre presente, a rede pública padece de numerosas fraquezas qualitativas e quantitativas. O resultado atual é um sistema educativo fragmentado, organizado em redes disparates, dificilmente comparáveis entre si.

As difíceis tarefas do dia-a-dia em trabalhar com recursos públicos tanto na sala de aula, como em seu cotidiano familiar não podem fazer do professor mero aceitador ou "culpado" pela falta de qualidade da rede escolar. Quem sabe a "incapacidade ou inaptidão" dos alunos? Sabemos que as evidências culturais e sociais estão nessa lista de "culpados", mas, normalmente, a carga pesa sobre os ombros dos alunos e professores. E essa afirmação é triste e de difícil aceitação.

Quando as noções de qualidade (de falta de qualidade, no caso da escola pública) substituem os conceitos de desigualdades e injustiça, a reprodução das desigualdades sociais por um sistema educativo de várias redes encontra-se amplamente facilitada e praticamente legitimada.

Visitando os sítios do Governo Federal, do Governo Estadual e do Governo Municipal de Alvorada e de Porto Alegre concluiu-se que muitas carências precisam ser supridas, mas existe um processo de construção de uma escola mais humana e mais valorizada.

As propostas dos governos Federal, Estadual e Municipal montam um jogo de marketing que ?provam? suas funções com qualidade. Não se pode ser cruel em dizer que não funcionam, mas refletindo, tópico por tópico, através das inúmeras listas de ações e programas, pode-se perceber o quanto se pode ter acesso em redes públicas e o quanto estão desconectadas.

A entidade educacional interfere bastante na forma de aprendizagem, ou seja, o método que é reproduzido ao aluno, a forma em que o professor conduz os conhecimentos.

A educação nas escolas estaduais e municipais apresenta suas diferenças, de acordo com os sítios das Secretarias de Educação. Na primeira há uma demonstração de um ensino mais aprimorado onde busca novos conhecimentos para seus alunos, como palestras e trabalhos que estão expostos em forma de textos e slides que abordam diversas áreas do ensino fundamental e que servem como aperfeiçoamento para nossas técnicas.

Na educação estadual, apresenta-se como uma janela que abre para muitas possibilidades ao educando. Já as escolas municipais, mostram um ensino fechado voltado para a cidade atendendo somente as necessidades básicas dos educandos, um ensino sem muitas aberturas e possibilidades aos alunos.

Comparando o texto base com isso, vê-se algo parecido com o que se comenta acima. A rede pública acolhe a maioria dos alunos e a rede particular é freqüentada somente pelos alunos com boas condições econômicas. Na educação pública, há a divisão de escolas municipais que atendem alunos oriundos das classes mais desfavorecidas. Nessa, o texto fala que são escolas numerosas e com grande quantidade de alunos, com taxas de abandono e repetência altas, já nas escolas estaduais os alunos são oriundos da classe média e as mais desfavorecidas e a situação da escola depende do desenvolvimento econômico do estado.

Nas escolas privadas estão os alunos que têm uma situação econômica mais favorecida e famílias que buscam uma educação diferenciada aos seus filhos principalmente quando chegam ao ensino médio, buscando uma melhor aprendizagem para disputarem o vestibular das faculdades federais, local onde é praticamente impossível encontrar estudantes que tenham freqüentado o ensino público no primário e no secundário.

O salário dos professores é outra questão bastante discutida Faz-se uma comparação entre a qualidade do ensino e o serviço prestado, ou seja, professores melhores remunerados desenvolvem suas funções com mais qualidade, citando a situação das escolas particulares. E isso é algo óbvio, já que um professor melhor remunerado, consegue viver mais tranqüilo, pode investir mais na própria qualificação, assim como ter mais acesso à cultura.

Portanto, fica evidente que uma reforma na educação e investimentos são extremamente necessários. E os políticos precisam se dar conta de que a educação é a base para toda a mudança. Se isso for realmente feito, um futuro melhor poderemos ter e assim vivermos em uma sociedade mais justa e, quem sabe, com nosso trabalho mais valorizado.

Referências

AKKARI, A. J. Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização. In Educação e Sociedade, ano XXII, n.74, abril 2001. p. 163 - 189.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia : saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 34ª ed. 2006.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da Esperança : um reencontro com a pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 5ª ed. 1998 (Notas de Ana Maria Araújo Freire).



:: Texto Final ECS11


Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Pedagogia Anos Iniciais do Ensino FundamentalEscola, Cultura e Sociedade
Trabalho em grupo Letra F - ECS11 Final
Componentes do grupo: Gisele, Glauber, Iliana, Marion, Marivani e Marlene
Pólo de Alvorada
Professora Vera Corazza

As desigualdades no ensino no país está caracterizada pela regionalização dos processos de educação, que apresenta diferenças no padrão de qualidade do ensino. O MEC procura verificar o grau de conhecimento do estudante brasileiro, aplicando testes nos alunos das séries iniciais e finais do ensino fundamental, com alunos que estavam terminando as 4ª e 8ªséries. A problemática que cada contexto regional apresenta os seus avanços e seus atrasos e a prova como caráter único não obedece aos critérios da regionalização. Com essa avaliação nacional fica o principal questionamento: como trabalhar com o projeto político pedagógico da escola e atender as especificidades do local? É necessário também restabelecer as condições e a qualidade do profissional da educação.